Quando eu era criança, lembro da euforia com que o povo do Barro Branco e mais tarde, do Brejinho, recebeu os poços com água doce e boa jorrando. Enquanto isso, a população do Buri se contentava com a água salobra dos poços de bate-estaca e das cisternas cavadas nas casas daqueles que podiam tê-las.
Lembro também das minhas tias, com um pote de barro nas cabeças, carregando água da casa dos vizinhos pois a água da nossa fonte não servia para o consumo humano, de tão salgada.
Quando a água boa, potável, limpa, como estudávamos nos livros de Ciências chegou às casas do povoado, foi uma festa só! E demorou anos, muitos anos... Como não tenho a menor vergonha de esconder minha idade (hoje tenho 38), posso dizer que o sonho da água demorou trinta anos para chegar às casas das Barreiras, da Linha Verde e de outras tantas.
Água para o povo do sertão tem sido a moeda de barganha para conseguir votos.
Venho me juntar ao clamor do povo do Buri, lugar de minhas origens, onde hoje o povo clama de sede. Enquanto se buscam os culpados, se é a Coelba ou a Prefeitura, as pessoas estão com sede.
Não adianta tentar justificar o injustificável. Precisamos de uma solução rápida e eficaz, afinal água é vida, é dignidade e não moeda de troca.
Não podemos culpar o prefeito pela situação, afinal ele não mora na cidade. Quando um gestor escolhe seus secretários, é para que sejam seus assessores, que o represente e decidam, pois mesmo se residisse na cidade, o prefeito de lugar nenhum é onipresente e onisciente. Não entendo que existam em Cipó tantas pessoas ocupando cargos de confiança e ninguém tem poder de decisão para sequer dar uma resposta satisfatória à população.
Dos povoados cipoenses o Buri sempre foi o mais assistido. E agora, vão nos virar as costas?
Lembro também das minhas tias, com um pote de barro nas cabeças, carregando água da casa dos vizinhos pois a água da nossa fonte não servia para o consumo humano, de tão salgada.
Quando a água boa, potável, limpa, como estudávamos nos livros de Ciências chegou às casas do povoado, foi uma festa só! E demorou anos, muitos anos... Como não tenho a menor vergonha de esconder minha idade (hoje tenho 38), posso dizer que o sonho da água demorou trinta anos para chegar às casas das Barreiras, da Linha Verde e de outras tantas.
Água para o povo do sertão tem sido a moeda de barganha para conseguir votos.
Venho me juntar ao clamor do povo do Buri, lugar de minhas origens, onde hoje o povo clama de sede. Enquanto se buscam os culpados, se é a Coelba ou a Prefeitura, as pessoas estão com sede.
Não adianta tentar justificar o injustificável. Precisamos de uma solução rápida e eficaz, afinal água é vida, é dignidade e não moeda de troca.
Não podemos culpar o prefeito pela situação, afinal ele não mora na cidade. Quando um gestor escolhe seus secretários, é para que sejam seus assessores, que o represente e decidam, pois mesmo se residisse na cidade, o prefeito de lugar nenhum é onipresente e onisciente. Não entendo que existam em Cipó tantas pessoas ocupando cargos de confiança e ninguém tem poder de decisão para sequer dar uma resposta satisfatória à população.
Dos povoados cipoenses o Buri sempre foi o mais assistido. E agora, vão nos virar as costas?
Matéria: Niclécia Gama / Imagens: Google imagens
3 Comentários
Niclécia se você não sabe! quem colocou agua no Buri e região foi jailton, voçê fala muito mais não conhece a realidade de Cipó, sabe porque? porque voçê também mora em Salvador, a varios anos, quando chega epoca de campanha aparece, sera que voçê é pre canidata a vereadora também?
ResponderExcluirCom relação a matéria ela está certíssima.
ResponderExcluirComo ela mesmo fala precisamos de uma solução rápida,existem várias pessoas passando sede,fome e etc..Não só em Cipó como em várias cidades e países também a faltar pela água pede socorro.
E o pior que no final a culpa toda é da administração que é corrupta e cruel com alguns seres humanos.
Caro Anônimo,
ResponderExcluirVocê realmente parece não me conhecer. estou sempre em Cipó, e não em época de campanha, pois nunca fui nem serei candidata a nada. Apesar de morar em Salvador há dezoito anos, estou em Cipó quase mensalmente e sei bem dos problemas da cidade. O poço que hoje jorra no Buri foi cavado por Helio Muniz, esse sim que aparece em época de campanha, e os poços do Brejinho e Barro Branco foram cavados nos primeiros governos de Wilson Brito. Jailton melhorou a estrutura já existente, canalizou a água do Brejinho para o Buri e fez outras melhorias. O que está em questão não é quem fez ou deixou de fazer e sim a solução imediata para os problemas existentes hoje.
me preocupo com os rumos que as coisas tomam em Cipó, pois quando uma cidadã, como eu, publica algumas insatisfações, algumas pessoas, como você, caro anônimo, levam isso para o viés da política. Será que as pessoas devem perder o poder de se indignar para não serem confundidos com pré-candidatos? Ou estão com medo que mudanças profundas possam ocorrer na política cipoense? Parece pouco provável que isso venha a acontecer diante do quadro que temos hoje.
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