Político de 53 anos lutava contra o câncer havia quatro anos.
Déda estava afastado do governo para se dedicar ao tratamento de saúde.
O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), de 53 anos, morreu às 4h45 desta segunda-feira (2) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado para tratar de problemas decorrentes de câncer no estômago e no pâncreas. Ele lutava contra a doença havia quatro anos. A informação foi confirmada pelo hospital.
Déda cumpria o seu segundo mandato como governador, após ser reeleito nas eleições de 2010. Filiado ao PT desde os anos 1980, iniciou a carreira como deputado estadual. Foi eleito por duas vezes deputado federal e também foi prefeito da capital Aracaju.
O político foi diagnosticado com a doença em 2009, quando se submeteu a uma cirurgia para a retirada de um nódulo benigno no pâncreas. Em 2012, ele retomou o tratamento quimioterápico.
No dia 27 de maio, Déda transferiu o cargo para o vice-governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB). Naquele momento, a assessoria de imprensa do governo informou que ele se afastaria por 15 dias para dedicar mais atenção ao tratamento de saúde realizado em São Paulo.
Carreira política:
Marcelo Déda era militante do PT desde 1985 e conquistou o seu primeiro cargo político em 1986, quando foi eleito deputado estadual com mais de 30 mil votos. Voltou à política em 1994, quando foi eleito deputado federal, sendo reeleito na Câmara em 1998.
Em 2000, Déda foi escolhido prefeito de Aracaju e começou o primeiro mandato em 2001. Foi reeleito em 2004. Déda foi eleito governador de Sergipe em 2007. Foi reeleito governador em 2011.
No fim de 2009, o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua cassação por abuso de poder. Em 2010, o TSE absolveu Déda da mesma acusação.
Veja a íntegra da nota do Hospital Sírio-Libanês:
O governador de Sergipe, Marcelo Déda, internado no Hospital Sírio-Libanês, devido a complicações de uma neoplasia gastroentestinal, faleceu às 4h45 desta madrugada.
O governador estava com sua família e vinha sendo acompanhado pelas equipes dos professores-doutores Paulo Hoff, Raul Cutait e Roberto Kalil Filho.
G1 DA GLOBO
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