COMENTÁRIOS PÓS ELEIÇÕES

Passada a efervescência da campanha para prefeito e vereadores, sua humilde colunista (talvez nem tão humilde assim), caríssimos leitores, volta a escrever.  Me distanciei apenas por uma simples questão: a ÉTICA. Não desejei que minhas palavras fossem usadas a favor de A ou de B. Participei de alguns momentos  na campanha para sentir o clima político, ouvir as propostas dos candidatos e saber cobrar, na medida certa, daqueles que irão nos representar pelos próximos quatro anos.

Fiquei feliz, em parte, com o resultado das eleições. Em parte porque a Câmara de Vereadores está bem representada, salvo algumas exceções, as quais prefiro não comentar, pois espero que estes me surpreendam fazendo um bom trabalho.  Campanha acabada, sem mais farpas a trocar entre candidatos e eleitores, fiquei estarrecida com os caminhos que as eleições desse ano trilharam.

Presenciei a truculência da Polícia Militar no Buri, no momento em que se apuravam os votos e ao reencontrar algumas amigas para cumprimentá-las, fui advertida que não poderia "fazer aglomerações" e éramos apenas quatro, falando dos nossos filhos e perguntando por coisas banais, mas entendi os atos após analisar o contexto geral. Vi o povo sem poder comemorar por conta dos ânimos alterados na campanha.

Agora posso escrever livremente, novamente sem auto-censura: o PT perdeu a eleição desde 2008, quando ganhou com muito aperto. Já era o sinal da insatisfação do povo com a atual administração. Perde prefeitura quem não trabalha pelo povo, pelo bem da cidade e de seus cidadãos.

Fui a Cipó votar com prazer, pelo meu vereador. Engraçado, politicamente nasci petista, mas hoje não confio nas pessoas que representam o PT, salvo raríssimas exceções.

Espero sinceramente que o prefeito eleito escolha seus secretários por mérito, por competência, e não para favorecer os que apoiaram a campanha, pois de ambos os lados, como é a política de fato, existem os interesses escusos. É isso aí, voltei, meu povo, ácida, como sempre, porém,  às vezes doce, a depender da situação. Continuo com minha opinião independente, sem laços político-partidários que me impeçam de dizer o que penso, aberta a críticas e sugestões. Que o futuro nos seja promissor e que os ventos da mudança soprem novamente em nossa cidade, tão abandonada.

Um abraço a todos, Niclécia Gama.