" É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão".
(Art. 277 da Constituição Federal)
Ao ler as últimas notícias ou ver os noticiários na televisão, é impossível não se indignar com a falta de proteção às crianças. Não é apenas o Estado que lhe deve assistência, mas é a família a primeira instituição que lhe deve amparo em todos os seus aspectos.
Em alguns casos, é essa família, que deveria proteger a criança, quem a violenta, de duas formas: o agressor, que pratica o ato e quem se omite, por medo, por insegurança ou simplesmente por não desejar defender a criança agredida. A maior parte dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes é praticada por pessoas da família (tios, padrasto, irmãos, primos ou pai) ou por pessoas que convivem com a vítima (amigos ou conhecidos).
Além do terror físico, que é ter seu corpo imaturo maculado pela perversidade e pelo desejo bestial de possuir um ser indefeso, soma-se a isso o terror psicológico, como o medo, a ameaça, o sentimento de culpa e de rejeição e as marcas profundas que este ato cruel e desumano que essa barbaridade deixará na mente dessas crianças.
Também nós, sociedade civil, devemos estar atentos ao que nos cerca. Não fosse o senso de responsabilidade da diretora da escola na qual a menor estuda, o caso passaria apenas como mais um entre tantos, como os vizinhos deixaram passar.
Uma criança que grita e pede socorro, mesmo na intimidade do seu lar, é uma voz a ser ouvida. A polícia deve imediatamente ser acionada para investigar.
O caso de Ribeira do Pombal tem um agravante ainda maior: a criança está grávida. Se esse processo não for célere, e o aborto não ocorrer como prevê a legislação, ela certamente dará à luz a outra criança, indesejada, fruto de um crime hediondo como é o estupro e provavelmente, nem saberá como lidar com essa realidade.
Há uma sequencia de atrocidades na vida dessa menina: toda criança confia na mãe, com quem cria seu primeiro vínculo afetivo. Mas que mãe é essa que se cala, que se nega a proteger sua filha? E a desculpa que não denunciou porque ele a ameaçou de bater? Porque não denunciou esse homem pela ameaça e pelo que ele fez à sua filha? Parece-me que essa mãe foi conivente com o ato, o que a faz tão responsável quanto esse monstro. Essa criança será apontada pelas ruas, será questionada por vizinhos, colegas, sua vida está destruída. Que apoio psicológico e social ela terá?
Acho que esse é um dos textos mais dolorosos que já escrevi. É muito difícil escrever pois a figura que tenho de meu pai é do pai cuidadoso, protetor, amoroso, confiável e os meus filhos têm a mesma referência em relação ao meu marido. Tento me colocar no lugar dessa criança para pensar melhor sobre o acontecido, mas é nojento demais imaginar sua agonia. Retorna à mente o caso da menina Luciene, de 09 anos, estuprada por seus vizinhos, quando Arildo foi delegado. Estou indignada, ferida, como mãe que protege sua filha e como mulher que sou. Sexo é ato consensual, é troca, e mais importante, deve ser entre duas pessoas que tem consciência de seus atos e suas conseqüências.
O crime cometido por esse ser desprezível, como o são todos os pedófilos, é o de ESTUPRO DE VULNERÁVEL, que segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente é “ Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos” (art. 217) e a pena é de reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
Que seja feita a justiça e que esse infeliz pegue a pena máxima! E não nos esqueçamos de nossa responsabilidade de denunciar agressores. As denúncias podem ser anônimas, discando 100 de qualquer telefone público.
(Art. 277 da Constituição Federal)
Ao ler as últimas notícias ou ver os noticiários na televisão, é impossível não se indignar com a falta de proteção às crianças. Não é apenas o Estado que lhe deve assistência, mas é a família a primeira instituição que lhe deve amparo em todos os seus aspectos.
Em alguns casos, é essa família, que deveria proteger a criança, quem a violenta, de duas formas: o agressor, que pratica o ato e quem se omite, por medo, por insegurança ou simplesmente por não desejar defender a criança agredida. A maior parte dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes é praticada por pessoas da família (tios, padrasto, irmãos, primos ou pai) ou por pessoas que convivem com a vítima (amigos ou conhecidos).
Além do terror físico, que é ter seu corpo imaturo maculado pela perversidade e pelo desejo bestial de possuir um ser indefeso, soma-se a isso o terror psicológico, como o medo, a ameaça, o sentimento de culpa e de rejeição e as marcas profundas que este ato cruel e desumano que essa barbaridade deixará na mente dessas crianças.
Também nós, sociedade civil, devemos estar atentos ao que nos cerca. Não fosse o senso de responsabilidade da diretora da escola na qual a menor estuda, o caso passaria apenas como mais um entre tantos, como os vizinhos deixaram passar.
Uma criança que grita e pede socorro, mesmo na intimidade do seu lar, é uma voz a ser ouvida. A polícia deve imediatamente ser acionada para investigar.
O caso de Ribeira do Pombal tem um agravante ainda maior: a criança está grávida. Se esse processo não for célere, e o aborto não ocorrer como prevê a legislação, ela certamente dará à luz a outra criança, indesejada, fruto de um crime hediondo como é o estupro e provavelmente, nem saberá como lidar com essa realidade.
Há uma sequencia de atrocidades na vida dessa menina: toda criança confia na mãe, com quem cria seu primeiro vínculo afetivo. Mas que mãe é essa que se cala, que se nega a proteger sua filha? E a desculpa que não denunciou porque ele a ameaçou de bater? Porque não denunciou esse homem pela ameaça e pelo que ele fez à sua filha? Parece-me que essa mãe foi conivente com o ato, o que a faz tão responsável quanto esse monstro. Essa criança será apontada pelas ruas, será questionada por vizinhos, colegas, sua vida está destruída. Que apoio psicológico e social ela terá?
Acho que esse é um dos textos mais dolorosos que já escrevi. É muito difícil escrever pois a figura que tenho de meu pai é do pai cuidadoso, protetor, amoroso, confiável e os meus filhos têm a mesma referência em relação ao meu marido. Tento me colocar no lugar dessa criança para pensar melhor sobre o acontecido, mas é nojento demais imaginar sua agonia. Retorna à mente o caso da menina Luciene, de 09 anos, estuprada por seus vizinhos, quando Arildo foi delegado. Estou indignada, ferida, como mãe que protege sua filha e como mulher que sou. Sexo é ato consensual, é troca, e mais importante, deve ser entre duas pessoas que tem consciência de seus atos e suas conseqüências.
O crime cometido por esse ser desprezível, como o são todos os pedófilos, é o de ESTUPRO DE VULNERÁVEL, que segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente é “ Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos” (art. 217) e a pena é de reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
Que seja feita a justiça e que esse infeliz pegue a pena máxima! E não nos esqueçamos de nossa responsabilidade de denunciar agressores. As denúncias podem ser anônimas, discando 100 de qualquer telefone público.
MATÉRIA: NICLÉCIA GAMA
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