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SER MULHER

Não desejo mais o que desejava há alguns anos atrás.
Quero ser reconhecida pelo meu valor, por dividir contigo as responsabilidades do que chamamos de lar.
Não desejo ser Amélia, desejo fazer contigo e compartilhar as realizações da “mulher de verdade.”
Desejo o batom mais provocante, a roupa mais ousada, o sexo pelo prazer, mas não desejo ser você.
Não desejo competição, desejo caminhar lado a lado contigo.
Não desejo o seu lugar, desejo a igualdade de oportunidades, o respeito, o meu lugar no mundo.
Não desejo destruir seu mundo, mas construir o mundo com você.
Por tudo que me dizes, por tudo que me fazes me fazes, desde tempos imemoriais, me desconstruo, mas recobro minhas forças e me reconstruo e cada dia, afinal, sou mulher...
Niclécia Gama

Foi com esse texto que encerrei a palestra proferida na Câmara de Vereadores de Caldas de Cipó, no dia 15/03/2011 em seção solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Estavam presentes várias mulheres que contribuem para o fortalecimento da imagem feminina na sociedade cipoense, além de heroínas anônimas que a cada dia lutam pela manutenção de seus lares e suas famílias nos aspectos econômicos e sociais, além de psicológicos.
Contamos também com a palestra de Dra. Rute Brasil, que falou das mulheres importantes desde o início do cristianismo até os dias atuais e o nosso papel para a educação da sociedade.
A iniciativa foi da atual presidente da Câmara, a vereadora Renata Brito, que se mostrou uma cicerone nata, dada a organização do evento. Foram laureadas com as medalhas "Mulher Brilhante", empresárias como Perpétua Macedo, Odete Souza, sindicalistas, e outras representantes da sociedade cipoense,como Noélia Souza e outras mulheres brilhantes, que nos leva a perceber o empoderamento feminino diante a sociedade dominada pelo sexo masculino.
A luta das mulheres pelo direito ao voto, pelo direito à educação formal, por seus direitos à dignidade, à não-violência e a equidade nas relações de trabalho é histórica e somente agora, no século XXI, alguns direitos se consolidam. Ainda temos muitos caminhos a percorrer. Queremos o direito de sermos atendidas com dignidade em áreas como saúde, educação, acesso a serviços sociais e respeito. Sim, a nossa luta por respeito à nossa condição ímpar, já que somos ao mesmo tempo, trabalhadoras, mães, esposas, dentre outras atribuições, nunca poderá deixar de existir.
Muitas de nós ainda são estupradas por seus maridos e companheiros porque acreditam que tem direito ao sexo e ao prazer na hora em que bem entendem. Queremos o direito ao nosso corpo, sem precisar mentir que estamos menstruadas ou com dor de cabeça. Queremos o direito de dizer o que pensamos, sem medo de represálias. Queremos ter o direito de ser atendidas com dignidade pelos órgãos públicos, em casos como o aborto, a violência,o câncer, a aids e outras causas que nos matam.
Não queremos ser homens, não queremos ser melhores que eles. Queremos ser iguais em direitos, como reza a Constituição Federal. Iguais, mas diferentes dentro de nosssas especificidades.
MATÉRIA: Niclécia Gama / POSTAGEM: Fabrício Martins

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