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O HAITI É AQUI

A chuva que cai no Rio de Janeiro desde ontem à noite, mostra-nos o quanto estamos vulneráveis às forças da natureza. As alterações no clima do planeta, causadas principalmente pela ação humana, estão modificando rapidamente os conceitos acerca do clima.
A falta de planejamento urbano nas grandes cidades potencializa a ação das chuvas, já que não há projetos para construção de moradias populares em locais adequados e a população menos favorecida é obrigada a ocupar morros e encostas em busca de um teto. Quando acontecem essas tragédias, os governos instruem a população a deixar suas moradias e procurar abrigo em outros locais. Geralmente instalações públicas.
Mas para onde ir? Será que algum governante já entrou na casa de uma dessas famílias para saber como vivem?
Às vezes a casa só tem um vão, onde moram três gerações. Conheço muitas assim. Em uma delas, próximo ao meu local de trabalho, mora a avó, três filhos, um deles casado, com mulher e dois filhos e mais cinco netos de outra filha. Rezo para que essa tempestade não atinja Salvador com tanta violência, pois no barraco onde vivem, a terra ameaça ceder. E para onde irão?
Presenciamos na televisão toda a fragilidade humana quando a terra cede e soterra impiedosamente os sonhos construídos durante anos. E o que tiramos de tragédias como essa é que ainda dá para ter esperança na humanidade, uma vez que somos movidos pela solidariedade e o desejo de ajudar o próximo, muitas vezes arriscando a própria vida, como mostrado nas reportagens em vários canais de comunicação. È lógico que não se pode comparar a dimensão das duas tragédias, mas ambas são monumentais.
São as pessoas civis e as Organizações não-governamentais as primeiras a se mobilizarem na ajuda às vítimas. Foram as ONGs, depois da Força de Paz brasileira, as primeiras a chegarem ao Haiti.
Novamente, serão as ONGs que irão acudir a população do Rio, com remédios, agasalhos e outras necessidades. Apesar de muitas delas não serem idôneas, algumas fazem o trabalho que os governos deveriam fazer.
Agora, resguardadas as devidas proporções, o Haiti é aqui, como dizia Gilberto Gil em sua música. Pensemos no povo do Rio de Janeiro e de tantas outras cidades que padecem pela falta de planejamento urbano e rezemos para, como dizia a minha avó quando chovia, que a chuva venha mansa.
Fotos: Último segundo Brasil / Matéria: Niclécia Gama / Postagem: Salvo Horley

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2 Comentários

  1. Boa matéria. As chuvas também estão castigando Salvador e os municípios menosres como Cipó. O clima está meio louco. Mas para nosso sertão uma chuvinha até que é bom pra garantir o milho do Sao Joao...

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